17 de outubro de 2010

Inimigo Oculto


As drogas, segundo Naím, são uma das cinco guerras da globalização, e a Rússia trava uma batalha fortíssima contra os narcóticos, mas ainda assim não é bem-sucedida.
No país, a heroína é mais mortífera que qualquer guerra e os usuários mais comuns estão nas grandes cidades. A produção de ópio já foi reduzida, mas ainda não foi suficiente porque a droga consumida vem, em sua maior parte, do Afeganistão. A porta de entrada principal é a fronteira com o Cazaquistão, no entanto é difícil controlar e apreender os carregamentos antes de chegarem ao consumidor.
O narcotráfico com o passar dos anos fica mais organizado e dribla com mais eficiência os mecanismos governamentais de contenção. Isso não acontece apenas na Rússia, é um mal que assola praticamente todos os países do mundo. Milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas de overdose e a dependência química em muitos países não merece a atenção que deveria.
A globalização fortaleceu os cartéis de drogas e os Estados não estão conseguindo inibir o crescimento de usuários. A pergunta que me faço todas as vezes que vejo as estatísticas é: até quando? Até quando os Estados vão fazer vista grossa a esse acontecimento? Até quando as pessoas vão se matar por opção própria? Até quando a sociedade será conivente com isso?
Não sei responder essas questões, mas ainda tenho esperanças de que isso possa acabar ou pelo menos diminuir bastante.

Saiba Mais:
Declarações de Ivanov:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/06/heroina-matou-1-milhao-de-pessoas-desde-2000-diz-russia.html