13 de novembro de 2010

Expectativas

Não há como negar que o mundo está em constante movimento. Durante esses meses que acompanhei os acontecimentos dos Bálcãs e, principalmente, da Rússia tive certeza disso. No meio do ano, a Rússia estava sendo consumida por um incêndio de proporções gigantescas que trouxe a tona o fantasma de Chernobyl. No âmbito do Conselho de Segurança, o país passou por grandes tensões, principalmente no que diz respeito a seu posicionamento quanto a questão nuclear do Irã. Isso ainda está longe de se resolver e novas sanções foram impostas recentemente como acompanhamos.
O que ficou marcado foi a caçada a Yuri Luzkhov por Vladimir Putin, além de terem ocorrido muitas manifestações contrárias a arbitrariedade do governo atual.

Sei que deveria escrever tudo em 15 linhas, mas existem impressões que pedem mais do que isso e creio que esse vai ser um dos maiores posts que já escrevi nesse blog [que bem lembra os do NemMeLigue].
Pois então, sem mais delongas, vamos a minha impressão sobre a Rússia.

Quando eu ainda nem tinha escolhido Relações Internacionais como curso e a diplomacia como carreira a seguir, já acompanhava os noticiários e sempre fui amante da história, portanto conhecia parte da saga da URSS durante a Guerra Fria [era só a ponta do iceberg, o que aconteceu mesmo só aprendi na faculdade #falei] e, principalmente que a Rússia era um de seus remanescentes.
Com o que via no noticiário, sempre achei que o gigante euroasiático era subestimado pelos outros países do mundo [não conhecer o cenário internacional e achar que sabe muito é complicado xD], mas o que pude perceber nesses meses é que a Rússia não é subestimada. Ela é respeitada por seu poderio bélico [esse é um doa motivos para que ela participe do G8] e seu território gigantesco, no entanto falta organização interna para que o país consiga de fato se reerguer para deixar de ser menos que uma sombra da falida e poderosa União Soviética.

Vladimir Putin atualmente é um dos nomes que conhecemos dentro da política russa, mas ao que tudo indica não é aprovado integralmente pela população que, quando faz manifestações por conta de alguma ação governamental, é fortemente combatida pela polícia. Essa medida reforça a ideia de que a democracia está ameaçada no país. Não tenho bagagem teórica suficiente para analisar com precisão esse cenário, mas tenho a impressão de que Putin gosta muito do poder que tem em mãos. Mais até do que deveria e não tenho tanta certeza de que ele poderá sair de cena facilmente nos próximos anos.

Não consegui identificar muito bem o que representa Dimitri Medvedev no poder, porque a maioria das ações dele, para mim, são ações do próprio Putin disfarçadas. O vejo como uma marionete nas mãos do atual primeiro ministro, mas talvez eu esteja errada e isso seja realmente a forma de governar de Medvedev, afinal ele é aliado do ex presidente...

Observei também que a tensão do Cáucaso norte recebe pouca atenção, mas é um conflito que se arrasta a muito tempo e por tocar em questões religiosas é tão complicada de se resolver quanto os problemas do Oriente Médio. O conflito passa por momentos de tensão e distensão, mas por ser um choque de linha de fratura como afirma Samuel Huntington, talvez deva ser conduzido com mais cautela ainda, para que não gere problemas maiores no futuro.

Tudo pode ter ficado um pouco confuso, mas reuni várias impressões sobre a Rússia e pretendo continuar acompanhando para ver se estou certa ou não.
Não me alongarei muito mais, prometo. Só farei um último comentário para o post:

A MA N H Ã às 8h30 será a final do Munidal de Vôlei feminino e, talvez não por coincidência, estarão em quadra Brasil e Rússia. Esse duelo já é bem conhecido e repete a final dessa mesma competição que foi a quatro anos atrás.
Na última edição [infelizmente] deu Rússia [é, eu assisti e sofri horrores até o 5º set] e agora é a vez das brasileiras darem o troco. Principalmente depois do teste para cardíacos que foi a partida de hoje contra o Japão [3x2 para o Brasil, numa senhora virada].

Então, assistam o jogo amanhã vai ser pura adrenalina!
E se tudo der certo a imagem do fim do jogo vai ser essa aqui

Porque apesar de acompanhar a Rússia e reconhecer que elas jogam bem, sou mais Brasil e a Sheila. #SecaRússia #VaiBrasil

Ps.: Post sem saiba mais porque foi quase uma revisão do que já falei por aqui antes, além de ter tirado muita coisa da minha cabeça...

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