Essa semana, o prefeito de Moscou,Yuri Luzkhov, foi destituído pelo presidente Medvedev. Retirando do poder, o último remanescente do governo de Boris Yeltsin. Desde 2004, de acordo com uma medida tomada por Vladimir Putin, os prefeitos das cidades russas deixaram de ser eleitos pelas urnas e passaram a ser indicados e retirados do cargo pelo próprio presidente do país.
Luzkhov era prefeito de Moscou desde 1992 e tinha grande aprovação da população Moscovita, tendo nas últimas três eleições percentuais entre 69% e 88% de aprovação. Desde 2004, os prefeitos que datavam da época de Yeltsin foram se retirando do poder por vontade própria, mas Luzkhov afirmou que não sairia do cargo a menos que fosse destituído.
Esse impasse era um desafio para o atual presidente, pois a sua decisão poderia colocar a Opinião Pública contra ele. Vladimir Putin não quis se manifestar sobre o assunto, porque o prefeito deposto é membro de seu partido, mas não é muito difícil inferir qual o posicionamento dele partindo do princípio que a medida que dá mais poder ao presidente diante dos prefeitos foi criada por ele.
Ao saber da destituição, Luzkhov afirmou que Medvedev mantém um sistema de poder baseado no medo, no qual os cidadãos se veem obrigados a agir de acordo com os desígnios do governo ou tolerar as conseqüências, como no caso de protestos recentes que foram contidos de forma violenta. Condenou a campanha feita contra ele através da emissora do governo e afirmou que continuará a lutar pelo restabelecimento das eleições para prefeito.
Não sei precisar se isso levará a uma crise política, mas certamente demonstra, mais uma vez, que o governo russo não vê problemas em atropelar a democracia em prol de sua integridade. Resta saber se essas ações são realmente pensadas por Medvedev ou se foram maestralmente orquestradas por Putin.
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