Na última quarta-feira foi firmado o acordo que põe fim no contencioso entre Rússia e Noruega que já se arrastava por quarenta anos. O litígio gira em torno da questão da delimitação da área de cada país no Mar de Barents e no Mar Ártico, uma região riquíssima em petróleo e gás.
Com a visita de Dimitri Medvedev a Oslo, capital Norueguesa, em abril desse ano, os países chegaram a um consenso que dividiu o território em duas partes iguais, no entanto, a exploração das riquezas naturais só poderá ser feita com esforço conjunto.
Grande parte dos recursos está do lado russo, mas eles precisam da tecnologia norueguesa para explorá-la, ou seja, há nesse caso uma simplificação do conceito de interdependência complexa proposto por Keohane, pois um país depende do outro e não pode se dar ao luxo de dispensar a “ajuda” do outro.
Se engana quem pensa que esta questão está resolvida por completo pois mais quatro países tem interesse na região e não tenho certeza de que aceitarão com tanta facilidade o acordo entre russos e noruegueses. Agora nos resta esperar pelas cenas do próximo capítulo.
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